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Desafios do clima e o futuro da saúde

Sociedade Brasileira de Clinica Médica

Em ano de COP30 no Brasil, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) alerta: os impactos das mudanças climáticas já afetam a saúde pública.
Eventos extremos, como chuvas intensas e calor excessivo, favorecem doenças respiratórias e infecciosas, alterando o cenário epidemiológico do país.
A infectologista Moara Santa Bárbara (HC-UFG) destaca o aumento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, devido à proliferação do Aedes aegypti em ambientes com água parada. Outras doenças vetoriais, como febre amarela e malária, também estão em alta. Já o infectologista Hilton Alves Filho (HE-UFPel) alerta para doenças infecciosas como leptospirose e hepatite A durante enchentes, reforçando a importância de ações preventivas e acesso à água potável.
O pneumologista Emanuell Felipe Silva Lima (HDT-UFT) lembra que a poluição e o calor afetam diretamente o sistema respiratório, agravando quadros como asma e DPOC. Estima-se que até 2030, as mudanças climáticas possam causar 250 mil
mortes adicionais por ano, principalmente por doenças respiratórias.
Ele recomenda vacinação, hábitos saudáveis e controle de comorbidades.
No aspecto cardiovascular, a cardiologista Alinne Katienny (HDT-UFT) destaca os riscos das ondas de calor, que aumentam casos de infarto, derrames e desmaios. A
médica orienta hidratação intensa e cuidados com a exposição ao sol, sobretudo
entre pessoas com doenças cardíacas ou obesidade.

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