O TDAH NA FASE ADULTA

O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade) é uma condição crônica do neurodesenvolvimento, classificado pelo DSM-5, guia desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria (AAP), classificado como um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento, A desatenção manifesta-se comportamentalmente no TDAH como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização  e não  constitui consequência de desafio ou falta de compreensão. A hiperatividade na fase adulta, apresenta-se de forma motora, ou como inquietude extrema ou esgotamento dos outros com sua atividade, causando prejuízos, sociais, profissionais no dia a dia do indivíduo adulto.

Desta forma, é necessário realizar o protocolo avaliativo e investigativo para confirmar ou descartar o TDAH, trazendo para o indivíduo uma condição de vida mais assertiva em relação ao seu desempenho cognitivo, que envolvam as funções executivas.

Essa atividade justifica-se pelo fato de o indivíduo buscar constantemente suas atribuições profissionais de forma eficiente e responsável, visando alcançar melhores resultados acadêmicos e profissionais.

Atualmente ainda não existem marcadores biológicos que possam comprovar o transtorno, ocorrendo de forma quantitativamente através de escalas e questionários, como a Adult Self-Report Scale (ASRS-18.)

Os critérios mais utilizados para o diagnóstico de transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) são aqueles listados pela 5ª edição do Diagnostic and Statistical Manual (DSM-V) da Associação Americana de Psiquiatria, baseados em estudos de campo com crianças e adolescentes.

A Adult Self-Report Scale (ASRS) foi desenvolvida para adaptar os sintomas listados no DSM-V para o contexto da vida adulta. O presente estudo consistiu em uma adaptação transcultural do instrumento original em inglês para uma versão final para uso no Brasil. O questionário ASRS-18, tem como finalidade avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários na avaliação médica. Critério B: Alguns desses sintomas devem estar presentes desde precocemente (antes dos 12 anos), outras escalas também podem ser utilizadas como a ETDAH-AD, uma versão que avalia adultos e adolescentes. A Escala de TDAH–AD Versão Adolescentes e Adultos (ETDAH–AD, Benczik, 2013) desenvolvida para a população brasileira, por meio de estudos estatísticos, demonstrou excelente nível de precisão e de fidedignidade, apresenta 69 itens, avaliando cinco fatores: Desatenção, Impulsividade, Aspectos Emocionais, Autorregulação da Atenção, Motivação e da Ação e Hiperatividade.  Escalas e Questionários como a ASRS-18 e a ETDAH-AD, vem se tornando essencial para o levantamento da hipótese diagnóstica, contribuindo para a inclusão na fase adulta, trazendo benefícios para a sociedade e contribuindo no campo da pesquisa de ordem cientifica.

O diagnóstico precoce, ainda seria o mais adequando e essencial para evitar prejuízos na fase adulta, mas, independentemente da fase que o indivíduo esteja sendo avaliado, o diagnóstico precisa e deve ser confirmado por um médico especialista na área de psiquiatra ou neurologia. Os primeiros sinais de alteração no padrão comportamental desse indivíduo ainda na infância, pode ser notado por familiares ou dentro das instituições escolares, o que possibilitaria uma melhor qualidade na aprendizagem enquanto estivesse ainda na infância, recebendo suas primeiras informações acadêmicas.