Grupo Renascer
GRUPO DE ESTOMIZADOS DE CASCAVEL REALIZA GRANDES CONQUISTAS
Com origem grega, a palavra estomia que significa abertura, também dá nome a um procedimento cirúrgico que em cada caso pode ser chamado como colostomia ou ileostomia por exemplo, que consiste em uma abertura na parede abdominal, sendo necessária com incidência maior por câncer, mas também por doenças inflamatórias, acidentes e doenças congênitas.
O último dia 16 de novembro foi marcado pela comemoração do dia nacional e municipal do estomizado, e para celebrar foi organizado um evento online com palestras, uma organização nacional, além do trabalho de divulgação com histórias e os serviços realizados nas associações.
Cascavel conta com um Núcleo Regional dos Ostomizados do Oeste do Paraná, uma instituição voltada a dar suporte aos estomizados. Atualmente o núcleo Renascer tornou-se referência nacional no segmento, atende Cascavel e mais 24 municípios que fazem parte do CISOP, com 373 pessoas atendidas. Os materiais disponibilizados aos estomizados são adquiridos e cedidos pelo CISOP (Consórcio Intermunicipal do Oeste do Paraná), onde a dispensação é realizada pelo Núcleo.
A atual presidente da associação, Wilse Lombardi, também é coordenadora representando o Paraná no movimento “Ostomizados – BR”, que tem por presidente Ana Paula Batista em Brasília. Como garante Wilse, “por meio de reuniões para desenvolver quais os direitos, veio para ajudar a instituir associações e formalizá-las. Os estomizado são considerados pessoas com deficiência, logo tem direitos mas muitos não sabem”.
Um exemplo da importância do núcleo é a dona Ilde Dal Molin que descobriu um câncer e em 20 dias precisou fazer a estomia. A cirurgia foi um sucesso, mas dona Ilde não aceitava o uso da bolsa. Segundo ela, por falta de orientação no hospital, nenhuma bolsa se adaptava, não saía mais de casa, foi quando conheceu o núcleo, onde recebeu todo o suporte e orientação.
Além das palestras e reuniões, o núcleo conta com psicóloga, nutricionista, enfermeira, advogado sem custo aos associados, bem como disponibilizam as bolsa coletoras para cada pessoa, pois como enfatiza Wilse, “o material não pode ser padronizado e sim personalizado, o olhar do governo deve ser holístico tanto psíquico quanto emocional, para que o corpo não rejeite a bolsa”.
Além de já ter sido vice presidente da associação, dona Ilde continua participando ativamente, “hoje eu sou feliz, eu quero que Deus me deixe aqui por 150 anos” enfatiza dona Ilde.
A data do dia 16 de outubro marca as vitórias já alcançadas, mas como enfatiza a presidente do núcleo regional, Wilse, “Nós temos muito a comemorar, mas ainda faltam muitas coisas”.