Entrevista com Dr. Carlos Eduardo Martins – anestesiologista
O que é e para que serve a anestesia?
A anestesia é uma das especialidades médicas, bem importante apesar de muita gente não saber, que visa facilitar e proporcionar segurança para que os pacientes possam ser operados. Até então quando não existia a anestesiologia, a especialidade, o tipo de cirurgia que era feito eram procedimentos muito mais rápidos, muito mais inseguros que resultaram numa mortalidade muito mais alta, mas claro que isso a gente está falando de quase 200 anos atrás, então anestesiologia basicamente é uma especialidade que promove a segurança do paciente e o retorno desse paciente após uma cirurgia.
Dr. Caê, como é a tensão de um médico anestesiologista dentro de um centro cirúrgico devida a tamanha responsabilidade que fica em suas mãos?
É uma tensão controlada, naturalmente que a gente é habituado a essa tensão à medida que a gente vai sendo treinado, sendo preparado para ser anestesiologista pois é uma especialidade que demora três anos, é necessário fazer uma residência médica então a gente passa a conviver com o ambiente e passa a se acostumar com aquela tensão mas, é como eu costumo falar, a gente nunca está totalmente desligado porque a gente tá sempre ligado a alguma intercorrência que possa acontecer com o paciente então a gente fica sempre em um stand bay, preparado para intervir.
Quantos anos de estudos são necessários para se tornar um médico anestesiologista?
Contando com os seis anos da graduação, que nós somos médicos, são mais três anos de residência, ao todo são nove anos de formação para ser anestesiologista no Brasil.
O que o senhor diz para aquelas pessoas que têm pânico só de pensar em anestesia?
A anestesiologia é uma especialidade bem segura, é uma especialidade que exige uma formação longa, então o médico é preparado para lidar com diversas situações de crise caso o paciente apresente isso durante uma cirurgia e isso envolve além de medicações mais seguras que estão sempre evoluindo, questão de monitorização, a gente acompanha os sinais vitais do paciente do começo ao fim da cirurgia e inclusive depois que a cirurgia termina. A anestesiologia tenta se espelhar muito na segurança da aviação, ainda não chegamos no patamar da segurança da aviação, mas a gente tá quase lá, porque é o que se espera da gente, que a gente promova segurança, tranquilidade para paciente que está sendo operado.
Como o médico anestesiologista descobre que uma pessoa é alérgica e que procedimento seguir neste caso?
Primeiro a gente tem que identificar qual tipo de alergia esse paciente tem porque alergia pode ser desencadeada por qualquer coisa basicamente, qualquer coisa da natureza, então existem algumas medicações que são mais características de causar alergia como os antibióticos, é mais frequente o paciente ter alergia a antibiótico. Essas informações a gente colhe na avaliação pré anestésica que é essencial, muito importante que o paciente faça, antes de ser submetido a uma cirurgia ele vai ser avaliado e indicada a cirurgia pelo cirurgião e ele encaminhar esse paciente pra gente atender e conhecer melhor para delinear uma técnica anestésica mais adequada para aquele caso, aquela história levando em conta também o histórico de alergia desse paciente.
Dr. a gente sabe que o senhor escreve, como isso surgiu na sua vida?
Na verdade eu não sei te explicar direito, já faz alguns anos que eu venho escrevendo e logicamente escrevo e guardo, eu sou um leitor muito aficcionado vamos dizer assim, eu gosto muito de ler e acho que a partir disso surgiu meio que uma necessidade de escrever também como se fosse uma resposta do que eu leio porque a leitura eu acho que ela é uma coisa que só enriquece a gente né e é meio que refletir o que eu aprendi com leitura, tanto do ponto de vista técnico da leitura médica mas também do ponto de vista de leitura sobre ficção de leitura de forma geral de outros assuntos então acho que isso é um reflexo, uma necessidade eu não sei explicar direito na verdade.
Quer assistir a entrevista na íntegra? Acesse o link.
Dr. Carlos Eduardo dos Santos Martins – CRM/PR 20.965.
Médico Anestesiologista;
Graduação em medicina UFSC (Florianópolis) 2003;
Residência Médica HU-UEL (Londrina) 2007.