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Coração saudável: evitando infarto em qualquer idade

Coração saudável: evitando infarto em qualquer idade

INC- Instituto Nacional de Cardiologia

Logo cedo, eles mal acordam e já estão acessando os smartphones para verificar questões de trabalho. Durante o almoço, não se alimentam direito e sempre ocupam a cabeça com os milhares de compromissos de trabalho que têm pelo dia. Ao chegaram em casa, à noite, a palavra descanso é proibida.
Em vez disso, viram a madrugada mergulhados em mais trabalho. Estes são os chamados workaholics – termo em inglês para ‘viciados em trabalho’ –, perfil apropriado para sofrer um infarto a qualquer momento.
Há também os que já se aposentaram, mas não se exercitam com regularidade e se alimentam mal. Esse grupo mostra que não basta apenas viver de forma relaxada e/ou tomar os remédios no horário certo (para os que sofrem com a pressão), desde que a saúde do corpo também não esteja em dia. “Manter a mente tranquila e evitar grandes emoções é muito importante, mas também é fundamental manter uma vida plenamente saudável, principalmente na terceira idade”, alerta a cardiologista Cynthia Magalhães, que enumera abaixo dicas para evitar o enfarto em qualquer idade.

  • Não fume e nem seja fumante passivo. O cigarro é um dos grandes inimigos do coração.
  • Faça exercícios regularmente. Há uma série de benefícios proporcionados pela atividade física: aumento do bom colesterol (HDL), controle da pressão arterial, redução de peso, sensação de bem estar, redução do açúcar no sangue, etc.
  • Cheque e trate a sua pressão arterial, caso ela esteja elevada. Considere como normal a pressão de 12×8 (doze por oito).
  • Cheque e trate o seu nível de açúcar no sangue, caso ele esteja elevado. Considere como normal até 99 mg/dl.
  • Cheque e trate o seu colesterol, caso ele esteja elevado no sangue. Considere como normal para indivíduos saudáveis colesterol total menor que 200mg/dl e LDL (mau colesterol) menor que 100 mg/dl.
  • Reduza seu estresse e procure dormir bem à noite. Proporcione-se momentos de lazer.
  • Alimente-se corretamente, com mais qualidade do que quantidade. Não esqueça de que não podemos abusar do sal e, às vezes, ele vem disfarçado em alimentos. Portanto, crie o hábito de ler rótulos no mercado.
  • Controle seu peso. Cheque-o com frequência.
  • Consulte um médico regularmente. Não espere ficar doente para marcar uma consulta. A prevenção é o melhor remédio que existe.
  • Ame a vida e o seu coração. Não desista nunca!

Frio aumenta os casos de infarto: fique atento (a)
Nos dias mais frios, os índices de infarto podem aumentar em até 30%, principalmente quando a temperatura está abaixo dos 14 graus. Pacientes com idade entre 75 e 84 anos e aqueles com doença coronariana prévia são mais vulneráveis aos efeitos da baixa temperatura.
O médico do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) Felipe Pittella explica que a exposição ao frio faz aumentar a viscosidade sanguínea, a pressão arterial e as concentrações de fibrinogênio, ou seja, fatores trombogênicos que favorecem a oclusão das artérias coronárias levando ao infarto agudo do miocárdio. “As pessoas com fatores de risco, como colesterol elevado, tabagismo e obesidade, devem evitar mudanças bruscas da temperatura, principalmente do quente para o frio, pois essa mudança súbita pode agravar sintomas de angina, e aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral.”
Apesar de nem todas as regiões do Brasil registrarem baixas temperaturas durante o inverno, o cardiologista alerta que é necessário manter o corpo aquecido. “O frio prejudica principalmente aqueles que já têm alguma doença cardíaca, mas pode afetar aqueles que não têm ou que ainda não sabem que possuem alguma enfermidade no coração. Por isso é importante que as pessoas, principalmente as mais idosas, vistam roupas adequadas às temperaturas mais reduzidas ou mantenham suas residências aquecidas.”

Hipertensos e diabéticos correm mais riscos
As pessoas que sofrem de hipertensão e de diabetes correm mais riscos durante o inverno. Segundo o médico, “as doenças que atingem a circulação sanguínea ficam mais intensas com a chegada do frio e os pacientes com problemas circulatórios dos membros inferiores podem sentir maior desconforto nas pernas devido à diminuição da circulação”, explica Pittella.

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